Os 06 tópicos essenciais para o seu briefing

"Cheguem mais, que agora eu vou dar a letra pra vocês..."

Segundo o Google, briefing é o “ato de dar informações e instruções concisas e objetivas sobre missão ou tarefa a ser executada.”

No cotidiano profissional dos arquitetos e designers, chamamos de briefing aquela reunião inicial que você faz com o cliente, onde o mesmo expõe suas necessidades e desejos de forma preliminar.

Em um artigo anterior, denominado “A Peneira“, abordamos as questões de triagem que deve-se fazer a um potencial cliente, para filtrarmos possíveis maus clientes – ou clientes que não são seu público-alvo – já num primeiro contato. Já o briefing, aqui tratado, só é feito com clientes ou potenciais clientes que já foram filtrados e que se encaixam no perfil de público que você realmente deseja atender, e que desejam ser atendidos por você.

Pergunta: Você faz um bom briefing junto ao cliente, antes de colocar a mão na massa e desenvolver os projetos?

Aprenda agora alguns passos simples que lhe servirão de guia para você ficar craque nesse quesito, que é básico e crucial para o seu sucesso profissional.

 

Coisa séria…

O briefing é uma das etapas mais decisivas para a contratação e o bom andamento de um projeto. É nessa hora que você precisa colher junto ao cliente o máximo de informações necessárias para entender as suas reais necessidades, e então poder desenvolver um trabalho de acordo com tais anseios.

Temos que desenvolver o programa de necessidades juntamente com o cliente, de maneira colaborativa. Precisamos fazer as perguntas certas e ficar atentos para “pescar” coisas que o cliente possa estar esquecendo, além de auxiliar no balanceamento de informações distorcidas ou possíveis exageros.

Um briefing mal feito irá gerar má interpretação e certamente resultará em perda de tempo e dinheiro, podendo também gerar desgastes desnecessários entre profissional e cliente. E mesmo que algum problema futuro durante o processo de projeto ocorra porque o cliente repassou informações imprecisas, adivinha em quem a culpa será colocada… Em quem?

Sim! É claaaro que é em você! Só pra variar um pouquinho…

Portanto, tratemos de estruturar bem o briefing, gerando um procedimento padrão que diminua as chances de que essas situações ocorram.

reuniao briefing

 

Os clientes e seus diferentes níveis de clareza

Como você bem sabe, existem clientes que tem plena noção sobre o que precisam e sobre o que esperam do arquiteto,  fornecendo então suficiente quantidade de informações para que o projeto seja desenvolvido dentro do seu devido escopo.

Enquanto isso, há outros que chegam ao profissional de arquitetura ainda sem muita clareza sobre o que desejam e/ou necessitam.

Para diminuir as chances de problemas, temos que garantir uma coleta de informações objetiva e que todos os aspectos essenciais sejam anotados, independente do tipo de cliente e seu nível de clareza do projeto. Para isso, temos estruturar bem o procedimento de briefing.

 

Como fazer – estruturando o seu briefing

Talvez você olhe para a os itens listados abaixo e me diga: Isso é óbvio, já aprendemos na faculdade! Me repetiram quatrocentas e dezoito mil vezes!!

Tudo bem, concordo, são itens óbvios e essenciais que todo o bom arquiteto sabe. Mas você já tirou um tempinho e colocou isso no papel para estruturar passo a passo a reunião com o cliente?

Se a resposta foi sim, parabéns! Já deve ter percebido que faz a diferença.

Se a resposta foi não, então chegou a hora de fazê-lo. Vamos lá, é simples! Eu coloquei em itens bem resumidos, apenas para servir de guia. Cabe a você usar o bom senso e analisar caso a caso onde é que precisa entrar em detalhes mais específicos.

1 – Dados do terreno: localização, dimensões, relevo, vegetação, clima e entorno. É sempre importante visitar o terreno pessoalmente.

2 – Programa: usos e atividades, necessidades específicas, funções, características, estimativa de dimensões, etc.

3 – Desejos e perfil do contratante: estilos de arquitetura preferidos (caso tenha), gostos e hábitos pessoais, expectativas, perspectivas, imagem que deseja passar (principalmente no caso de contratantes Pessoa Jurídica).

4 – Prazos de entrega: datas para entrega do projeto, início e finalização da obra.

5 – Orçamento disponível: quanto o cliente deseja gastar com esta obra.

6 – Desempenho: importante prever possíveis exigências quanto ao conforto térmico e acústico, sustentabilidade e performance em algum quesito peculiar. Obs.: Na hora de especificar materiais, importante sempre observar os padrões exigidos pela Norma de Desempenho. A quem possa interessar, NESTE LINK disponibilizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), é possível baixar um guia orientativo sobre a NBR 15575. 

 


Estudo Preliminar

Na grande maioria das vezes, o seu primeiro Estudo Preliminar apresentado não é aprovado de cara pelo cliente. Na verdade, a apresentação dele serve como uma segunda etapa no processo de briefing, sendo também um momento crucial no processo de concepção do projeto.

É nessa hora que você vai poder identificar possíveis pontos cegos do seu briefing (que sempre existem). Você deverá analisar o que agradou e o que não agradou o cliente, além de outros aspectos que vão lhe permitir aprimorar e refinar o projeto. A arte está em conseguir entrar em sintonia com o cliente e até mesmo ultrapassar as suas expectativas.

Um forte abraço e ótimos briefings para você!

 

BÔNUS 01!

bonus briefing questionario

Se você leu o artigo até o final, merece um bônus! Que tal um questionário prontinho com 8 tópicos de perguntas fundamentais para você fazer ao seu cliente de arquitetura residencial na primeira reunião. Espero que te ajude nos próximos briefings.

Para fazer o download basta clicando no link abaixo.

Questionário inicial para briefing de projetos residenciais 

 


BÔNUS 02!

FERRAMENTA RECOMENDADA:

O melhor aplicativo (GRÁTIS) para você fazer um briefing automatizado com seu cliente:

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Referências:
Vinicius Abbate – A importância do briefing – Revista AU – Janeiro 2011

Renato Fridschtein – Roteiro para elaborar um briefing – Webinsider – Novembro 2006
Imagens: Creative Commons

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