Gamification e Design Thinking para Escritórios de Arquitetura

É hora do jogo...

Diante de tantas reclamações da nossa situação atual, aclamada por tantos como desastrosa, eu venho hoje tentar clarear algumas alternativas de ação voltadas ao crescimento do seu escritório de Arquitetura, Engenharia ou Design de Interiores, para alçar vôos mais altos e sair da zona mediana onde se encontram mais de 90% dos escritórios brasileiros. Lembre-se que 79% sequer possuem Pessoa Jurídica constituída.

Ao invés de ficarmos reclamando – o que não nos leva a nada – vou jogar uma luz sobre alguns fatos e opções interessantes para você refletir e tomar algumas atitudes bacanas para fazer seu escritório crescer de verdade em 2019.

É possível sim ter um escritório bem sucedido. Mas não é missão para qualquer um. É preciso estar disposto a trabalhar duro e se comprometer em fazer a coisa acontecer.

Em primeiro lugar: você já se deu conta de que temos um ofício privilegiado?

Poucas profissões tem profissionais que gostam tanto do que fazem como nós. A grande maioria dos arquitetos realmente é apaixonada pela sua profissão, por criar, por solucionar problemas brincando entre cheios e vazios no espaço.

Vai dizer que você não adora fazer projetos, gerar soluções, imaginar em como tudo vai ficar depois de pronto? Ou então ver a obra que você idealizou finalizada, o cliente satisfeito e feliz.

Outra coisa boa é que geralmente os nossos clientes estão carregando energias positivas quando vão ao nosso encontro. Estão cheios de sonhos e expectativas, fazendo planos para o futuro.

É claro que existe a parte chata, burocracia, clientes-problema e tudo mais que você bem sabe, mas não existe um mundo perfeito em nenhum lugar e em nenhuma profissão. E aprender a lidar com tais desafios faz parte do nosso crescimento pessoal e profissional.

A rapadura é doce mas não é mole.

Já diria o poeta.

Porém, basta você perceber que os arquitetos e designers em geral não fazem questão de se aposentar, e muitos trabalham literalmente até morrer. No bom sentido :D.

Muitos só param por ter chegado a uma idade tão avançada em que já não conseguem mais, e não por optarem parar espontaneamente. Não é a toa que a gente vê arquitetos de 70, 80 anos ainda trabalhando… ou mais de 100, feito o Niemeyer.

Existem outras poucas profissões nas quais eu também observo esse tesão pelo próprio ofício: músicos, pintores, cirurgiões, empreendedores apaixonados, etc. Se tratam profissões que envolvem um nível maior de arte e criatividade em diversos sentidos, levando as pessoas a ter mais prazer em realizá-las, por poder expressar em seu ofício seus sentimentos e imaginação.

Algumas parecem até um hobby, e não uma profissão (apesar exigirem muito esforço e trabalho duro).

Por outro lado, veja por exemplo o caso de bancários, corretores, advogados, contadores, funcionários públicos e burocratas em geral. A grande maioria deles não vê a hora de se aposentar pra se libertar dos seus trabalhos chatos e curtir a liberdade da aposentadoria. (Eu disse a maioria, e não todos, não me entendam mal. E também deixo claro que não tenho nada contra esses profissionais e seus ofícios. Pelo contrário, tenho por eles grande respeito e estima. Só estou fazendo uma análise fria da situação).

Mas na hora de se aposentar, geralmente já é tarde. A vida merece ser curtida durante toda a sua jornada, e não só no seu terço final. É triste trabalhar 30, 40 anos, apenas visando receber um bom salário e no final se aposentar.

Profissionais de ofícios relacionados às artes ou empreendedores são os que trabalham até idades mais avançadas. Tipo o mano véio aí arriba.

The Dark Side

É claro que temos um lado mais sombrio da nossa profissão: falta de valorização profissional; não saber como captar clientes e cobrar o valor merecido; concorrência canibal; entre outras tantas coisas…  Além disso, temos as situações alheias ao nosso controle e com as quais temos que lidar, como a economia e a política nacional e internacional, que influenciam diretamente em nossos negócios e nossas vidas.

Mas, ao invés de sofrer por causa do problema, vamos focar na solução…

O ano de 2019 vem se apresentando como um ano de provável retomada econômica, devido a diversos sinais que viemos tendo no panorama geral. Claro que não vai ser lindo e fácil, um mar de rosas… Mas temos que perceber que, historicamente, já foi muito pior, e sempre houve gente se dando bem profissionalmente, mesmo em momentos de crise. É aí que profissionais criativos e bem preparados se destacam dos demais. 

Criativos não só no que diz respeito ao seu trabalho, tecnicamente. Mas sim, e principalmente, na sua relação com o mundo dos negócios. Temos que, obrigatoriamente, nos vermos como empresários, e não somente como Arquitetos, Engenheiros ou Designers de Interiores. 

Para que tem determinação e competência, a crise é o melhor momento para se destacar. Afinal, nas épocas de vacas gordas qualquer incompetente ganha dinheiro. No boom imobiliário entre 2009 e 2012 eu vi tanto trabalho horrível sendo negociado por valores exorbitantes. Estava fácil demais e foi uma ilusão passageira.

Ao meu ver, a melhor opção para que consigamos nos destacar – tanto em épocas como as de hoje como em todas as outras – é desenvolver o mesmo tesão que temos pelo nosso ofício de arquitetos, urbanistas, paisagistas, designers e afins, pelo desenvolvimento da nossa empresa. Pelo jogo do empreendedorismo.

É extremamente improvável ter sucesso com seu escritório sem dominar minimamente a arte dos negócios, do marketing, da estratégia, das vendas. Improvável, para não dizer impossível.

A competência técnica é importante, mas observe quanta gente tecnicamente mais fraca ganha muito mais do que pessoas super especializadas que tem mestrado, doutorado, MBA, pós doutorado, etc. Na maioria das vezes, as primeiras têm expertises que na economia capitalista são muito mais importantes, como as expertises financeira e empresarial.

A boa notícia é que você não precisa nascer com o dom do empreendedor. Isso pode-se aprender, pode-se desenvolver. Muito disso é questão de mentalidade – ou mindset, pra falar a palavra da moda.

 

O Jogo da Gestão Empresarial

Uma coisa bacana, que funciona para mim, e eu indico para você: tratar o seu negócio como um jogo.

Já ouviu falar de Gamification? E de Design Thinking?

Pois então, gamifique a sua empresa criando um desafio para si mesmo. Vai ficar mais divertido e prazeroso de administrá-la. E use seus conhecimentos de Design para projetar o seu próprio negócio de Arquitetura, Engenharia Civil ou Design de Interiores.

Fiz inclusive um vídeo sobre isso lá para o meu treinamento “Meu Primeiro Escritório“, e compartilho ele aqui com você.

Assiste aí!!

Gestão Empresarial, ou gestão de negócios, como alguns podem preferir, apesar de ter esse nome carrancudo… não é nenhum bicho de 7 cabeças. Depois que você entende o jogo, começa a ficar divertido de jogar.

É assim que eu particularmente encaro a administração de uma empresa, tanto no meu escritório de Arquitetura, quanto em outros negócios. Como um jogo… é o tal gamification sendo aplicado em primeira pessoa, para você mesmo…

 

Por que as pessoas jogam cartas, jogos de tabuleiro, video game?

Por entretenimento, por diversão, pela emoção do desafio e da conquista do resultado. A pessoa acaba saindo do tédio e vivendo uma pequena aventura enquanto está jogando. Encarando dessa forma, tendo essa mentalidade na hora de administrar a sua empresa, a coisa fica mais leve e mais divertida, e te dá mais motivação. E você sente essa motivação quando acorda de manhã e pensa: ah, hoje eu tenho que fazer isso, mais isso e mais aquilo pra ver se eu consigo gerar este e aquele resultados, atingir tal cliente, entregar tal projeto, etc.

Eu não sei você, mas eu juro que na maioria das semanas fico ansioso para que chegue logo a segunda-feira de manhã e eu possa colocar a mão na massa com a equipe. É claro que tem alguns domingos em que a gente fica com preguiça mesmo e não dá essa ansiedade toda, mas aí faz parte né…

Na verdade, quando a gente gosta do que faz, a gente faz até nos finais de semana, sem remorso nenhum.

Lembra que eu falei no início deste artigo sobre como gostamos de projetar, gostamos de construir, de desenhar, de criar? Pois é… Gostamos de fazer o que fazemos, no que se refere à nossa formação técnica.

Pois bem, é dessa forma que eu recomendo que você encare a administração do seu escritório. Gostando do que faz. Aí, as suas chances de sucesso são infinitamente maiores. E para ser um bom empreendedor é preciso ser criativo também…

Já o Design Thinking é um método pra identificar e abordar problemas de negócios de uma forma criativa, inspirada nos métodos de profissionais das áreas de design. Trabalhando com um processo que começa com imersão, ideação e prototipagem, focados em negócios.

É exatamente o que a gente já faz no nosso dia a dia de projetos… não é? Imersão no problema do cliente, ideação de soluções funcionais/estéticas e econômicas, e depois a prototipagem, que é o projeto. Então, olhando por esse ângulo, você já tá na frente de outros profissionais que são de áreas não criativas, digamos assim…. Vamos usar esse nosso viés criativo também pra empreender e pra gerir o nosso negócio.

 

E por hoje é só, espero que você tenha gostado.

Lembre de deixar o seu comentário aqui logo abaixo do post!

Um grande abraço e até mais!

Paulo Mezzomo

 

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Imagens: Creative Commons

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